terça-feira, 20 de dezembro de 2005

The Nightwatch

Ontem eu e o Gonçalo fomos ver uma exposição de esculturas de gelo (pronto é verdade ontem não fomos trabalhar), mas não era uma exibição qualquer, eram simplesmente alguns dos mais famosos quadros do Rembrandt. Aquilo até estava muito bem feito. Os promenores das mãos, da roupa, dos olhos, dos traços de expressão estavam todos lá, mas... quando vos disser que estive cerca de 20 min dentro de um congelador (pronto era uma tenda climatizada) a -10ºC aposto que já não vão achar tanta piada...
Foi por pouco que não perdi nenhum membro....
O pior é que é esta a amena temperatura que me espera aqui em Copenhaga quando voltar das férias Natalílicias...
Bem, pelo menos vai haver neve com fartura...

terça-feira, 13 de dezembro de 2005

Copenhaga

De regresso de um fim de semana em Copenhaga. O frio e dias muito curtos fazem encurtar muito estas visitas. Depois das 4 da tarde, é muito difícil andar na rua, mesmo com os gorros, luvas, cachecóis e afins.
Fomos ao Tivoli, o parque de diversão mais antigo do mundo. Muito claustrofóbico, muita gente, muitos carrinhos de bébé a empatar o caminho e poucas diversões que valessem a pena. Depois de algumas voltas enjoantes, decidimos não jantar lá e fomos para casa. Apesar de tudo, é um sítio engraçado de visitar. De noite, as luzes nos edifícios e árvores fazem a visita valer a pena.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2005

Finalmente....

Venho por este meio anunciar que passados 3 meses de árdua procura consegui finalmente arranjar uma casa aqui em Copenhaga. Vou, a partir de Janeiro, deixar este luxuriante quarto que me acolheu, aqui no Instituto Botânico, onde era carinhossmente acordada as 5.30 da manhã por um paquistanês simpático que vinha limpar os meus aposentos, e vou mudar para um acolhedor apartamento nos arredores da cidade.
Assim sendo já tenho alojamento disponível para quem me quiser vir visitar.
Ah, é verdade das traseiras vejo um lindo cemitério.
Cá vos aguardo...

quarta-feira, 7 de dezembro de 2005

O Mundo de pernas para o ar...


E não é que os mouros passaram aos oitavos de final da Liga dos Campeões!!!
Não pode...
Não consigo escrever mais nada tou sem palavras.

terça-feira, 6 de dezembro de 2005

Lembram-se?


Pois, eu estive lá depois de 10 penosas horas ao sol para comprar o bilhete mágico rumo a Sevilha (lembras-te Mica? bons tempos). Enfim...
Apenas escassos minutos passaram desde mais um humilhante resultado do ex-campeão da Taça UEFA e da CHAMPIONS LEAGUE. Parece que já foi há tanto tempo...
Como é possível ser eliminado da Liga dos Campeões num grupo com equipas tão banais como o Glasgow Rangers e o Artemédia? Artémia??? Mas isso não é um artrópode? (eh, Gonçalo, uma piada biológica) Não!!! É Artemédia um clube da Eslováquia, equipa onde pontificam grandes craques, a saber, Ales Urbanek, Branislav Obzera e Branislav Fodrek e imaginem até ganharam no Dragão...
E que dizer deste holandês ganzado que o senhor presidente Pinto da Costa foi buscar ao país das tulipas? Sem palavras...
Bem, tenho agora que esperar pelo resultado do glorioso frente o Man United para ter alguma alegria desportiva nesta penúltima semana de quarentena aqui no congelador... É claro que quero que percam!!! Afinal já sou praticamente dinamarquesa e na equipa inglesa joga o Cristiano Ronaldo que é madeirense como a minha irmã...
Obviamente, não fosse este laço de sangue e amanhã estaria, ainda que a 3000km de distância, a torcer de cachecol ao pescoço e a roer as unhas pelo simãozinho e companhia. E juro que não estou a ser irónica...(ah,ah,ah)
Portistas não se esqueçam: HÁ VIDA PARA ALÉM DA LIGA DOS CAMPEÕES!!!!!!!!
Bora lá roubar o título aos mouros!!!!!!



segunda-feira, 5 de dezembro de 2005

Sinterklaas

Hoje é dia de Sinterklaas! Regojizem-se, crianças holandesas! O Natal é a dobrar! Este Pai Natal vem de barco de Espanha (não me perguntem porquê!) acompanhado por vários ajudantes todos chamados Zwarte Piet (Pedro Preto) que espreita pelas chaminés para ver se as crianças deixaram lá os sapatinhos e pôr lá as prendas (doces se se portaram bem e um pedra de carvão se se portaram mal). Acho que agora já não dão carvão (deve ser por causa da crise do petróleo!).
Mas para os holandeses é mais tipo Carnaval. Vêem-se pessoas na rua mascaradas de Sinterklaas ou de Zwarte Piet, crianças e adultos.

quarta-feira, 30 de novembro de 2005

Segunda parte

Continuando a saga, como prometido. Finalmente tinha vôo marcado para o dia seguinte de manha e agora bastava ir para o aeroporto e esperar para embarcar. Vou para a paragem de autocarro tentar meter-me no mesmo autocarro que me trouxe até ali. Como é óbvio, o último autocarro do dia tinha partido à 10 minutos atrás e só haveria outro dali a 3 ou 4 horas, às 3 da manhã! Nada de especial, concerteza, ter de esperar 3 horas pelo autocarro, dá perfeitamente tempo para depois ir para o aeroporto e ainda ficar lá à espera de poder embarcar. O problema é que tava cheio de sono, já me doiam os braços de estar a arrastar a mala e as mochilas para trás e para a frente e estava um frio de rachar dentro da estação tirando debaixo de uns aquecedores estratégicamente colocados à beira das entradas (o que não ajudava muito, porque sempre que alguém abria a porta, lá se ia o calorzinho todo!). De qualquer maneira, decidi tentar dormir um bocado. Pus as malas num cacifo e fui à procura de um sitio confortável para passar pelas brasas. No hall principal, havia algumas cadeiras, mas a maior parte estavam ocupadas por pessoas iguais à da fotografia do ultimo post da Paula, que tinham ido para a estação para se abrigarem do calor e se livrarem do frio servindo-se dos líquidos que se vendiam na loja de conveniência da estação. Tentei procurar um sitio mais sossegado e encontrei num patamar um pouco mais acima onde tinha também uma pista de comboios de brincar onde se podia meter umas moedinhas e brincar com os comboios. Sentei-me num dos bancos e tentei dormir, mas não conseguia por causa do frio, então fui dando umas voltas pela estação para me entreter, estudei os horários dos comboios, vi as montras das lojas que estavam fechadas 5 vezes, tudo para n morrer de aborrecimento. Finalmente chegaram as 3 e meia e pude ir para o autocarro e fui para o aeroporto. Quando cheguei lá, obviamente que ainda não estava ninguém no check-in e não tive outro remédio senão esperar. Fiquei a ver um bocado dos bastidores dos aeroportos: as empregadas a limpar, os seguranças a chegar e a preparar a máquina dos raios-x e finalmente abriram o check-in. Pronto, daqui a pouco já tou no ar a caminho da Holanda. Acabou esta noite maldita! Errado! - Desculpe, mas vai ter de se deslocar até ao balcão da companhia, não está aqui a sua viagem. - Como? Lá vou eu outra vez com as malas atrás para o balcão e pergunto o que se passa. - Bem, houve um problema com o cartão de crédito! (Isto acontece às vezes com os cartões da MBnet - Mas continua a ser a melhor invenção desde... sei lá, a bicicleta com rodinhas de lado, vá!). Por sorte a viagem custava menos do que o limite do meu cartão e pude levantar dinheiro numa máquina mesmo ali ao lado, senão bem que ficava em terra. Pronto, agora posso descansar. Errado mais uma vez! Parecia que os deuses não queriam que eu chegasse tão cedo ao meu destino. Não é que no preciso momento que ia embarcar no avião, começa a nevar?! Como é que é possível? E não era um bocadinho de neve, em um minuto o aeroporto todo ficou completamente branco. Quando todos os passageiros já estavam sentados, veio a voz do comandante: - Senhoras e senhores, peço imensa desculpa mas devido ao frio de rachar que está e a neve vamos ter de descongelar o avião (pronto, estou a exagerar, eram só as asas!), por isso vamo-nos atrasar 15 minutos. Pronto, também não é assim tanto tempo. Ainda chegamos mais ou menos à hora prevista. Passados 14 minutos e 59 segundos, veio a voz outra vez: - Devido às condições atmosféricas no aeroporto de Amesterdão (vento e chuva do Inferno!) vamos ter de esperar aqui 1 horita, porque eles estão a aterrar primeiro os vôos de longa duração e só depois é que somos nós (pronto, não foi bem assim que ele disse, mas vai dar ao mesmo). Passado um bocado, vieram finalmente boas notícias, afinal as coisas estão a melhorar e só tinhamos que esperar 45 minutos e não a hora toda como ele tinha dito. Ah, muito melhor! Passados esses 45 minutos, vem a voz outra vez: - Já temos autorização para partir, só uma coisa, como tivemos este tempo todo à espera vamos ter de descongelar as asas outra vez. Santa Paciência!
Finalmente descolamos!
E a partir daqui tudo correu bem. Também já não era sem tempo!

terça-feira, 29 de novembro de 2005

A banda...

Bem como já devem ter reparado esta sou eu em Malmö
na companhia das minhas queridas hermanas espanholas...

Parabéns, Gonçalo! Conseguiste superar-te!

Na passada quinta-feira, era suposto viajar de Halle, na Alemanha até Leiden, na Holanda. O plano era muito simples: envolvia uma mala, uma mochila e a pasta do computador, um eléctrico, três comboios, um avião e finalmente estava lá! Muito simples, não acham? Como é que alguém pode estragar este plano?
Muito fácil, basta Berlim ter três aeroportos e o viajante ter a cabeca nas nuvens para tudo se estragar e uma viagem já de si chata tornar-se na pior viagem que eu alguma vez fiz.
Ao principio correu tudo bem: apanho o eléctrico, chego à estacao de comboios, apanho o comboio, mudo de comboio, chego ao aeroporto de Schonefeld e... descubro que não era neste aeroporto que era suposto apanhar o avião!!! Que estúpido, e agora? Pânico total!!!! Volto para a estação de comboios para ver se consigo apanhar outro comboio para o aeroporto certo! Demoram muito tempo! Oh, não! Devia ter ido logo apanhar um Táxi! Vou tentar agora! Oh, raios! O taxista não fala ingles! Para o aeroporto de Tegel, rápido (Em inglês, no original!)! Snell ou coisa parecida! Faltavam 15 minutos para o aviao partir. Já era, mas tinha de tentar de qualquer maneira. Vou a voar até à porta de embarque para fazer um choradinho (podia ter continuado a voar até Leiden! Para que é que precisava do avião?) mas nada feito, só amanhã de manhã! E agora, a Paula à minha espera em Amesterdão e eu aqui sem sitio para ir até de manhã. E se for de comboio? Chego na mesma de manhã, mas ao menos posso dormir no comboio. Meto-me no autocarro para a estação (porque este aeroporto não tem comboios) para tentar apanhar o próximo comboio para Amesterdão. Mas já era tarde de mais, havia um comboio à meia-noite mas já tava cheio. O próximo comboio era só às 5 e meia por isso não valia a pena. Tentei ir à Internet na estação para marcar o vôo para a manhã seguinte, mas não consegui porque aquela Internet era foleira. Tentei ir a um cyber-café, mas já tava a fechar e então nao me deixaram entrar. Sozinho numa cidade estranha à noite, o desespero comecou a aumentar exponencialmente. Felizmente, a Paula já tinha chegado a casa e pôde ir à net marcar a minha viagem. (continua no próximo capitulo...)

Homeless for a day...

Nem imaginam o sufoco que passei ontem... Depois de um fim de semana em Amesterdão com o Gonçalo chego a Copenhaga e descubro que não tenho sítio para ficar a partir de 1 de Dezembro.... O gajo do apartamento para onde me ia mudar na próxima quinta-feira simplesmente cortou-se.
Fiquei desesperada...
Hoje de manhã no entanto tudo se resolveu vou continuar a pernoitar no guest room do Copenhagen Botanical Institute, não sendo a solução ideal pelo menos é um tecto até ao Natal.
Acho que deu para sentir um bocadinho aquilo que os sem abrigo passam todos os dias.

quarta-feira, 23 de novembro de 2005

O Holandês Voador

Para quem não conhece a lenda, o Holandês voador é um barco fantasma condenado a rumar os oceanos eternamente. A gravura ao lado é uma pintura de um artista inglês que encontrei na net. Mas serve apenas para simbolizar a viagem que vou fazer amanhã para a Holanda, não para sempre, note-se.

"Trova do vento que passa"

Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.

Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.

Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.

Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.

Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.

Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.

E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.

Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.

Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).

Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.

E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.

Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.

E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.

Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.

Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.

Manuel Alegre

terça-feira, 22 de novembro de 2005

Os Moinhos


Do outro lado do eixo, claro que não podiam faltar moinhos. Este é apenas um dos muitos que pululam por todo o lado. Este é em Waggeningen, mas podia ser em qualquer outro sítio. Tava um belo dia de sol nesta altura, agora deve tar mais frio e o céu deve tar com tons mais cinzentos.

Little mermaid


A imprescindivel little mermaid, este blog não teria sentido nenhum sem a sua presença. O HCA é que ficava todo contente se soubesse que a sereia dele está no MEU blog... (ah,ah)
Enfim não tenho muita paciência para tar aqui a escrever um testamento sobre esta lenda.
Deliciem-se com a foto e com o sol!!! Se me vierem visitar podem vê-la ao vivo e a cores!!!! Uau!!!!!!
Cá fico congelada à vossa espera. **