terça-feira, 28 de fevereiro de 2006

Pesca à Holandesa

Não é nada fora do comum ver alguém a pescar aqui nos canais holandeses. Principalmente ao fim de semana. O que eu vi pela primeira vez a semana passada, foi uma traineira a pescar outra coisa tipicamente holandesa. Nada mais nem menos do que umas quantas bicicletas completamente enferrujadas que devem ter caído (ou alguém as empurrou) à água. Fez-me pensar duas vezes se devo estacionar o meu velocípede perto da água.

Isto sim, é neve!

Finalmente nevou a sério! Não foram daqueles floquitos de 5 segundos que se derretem mal tocam o chão. Desta vez nevou 15 minutos seguidos. Claro que nevou na altura de eu ir para casa do laboratório. E vim muito devagarinho na minha bicicleta para não escorregar e cair a um canal.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2006

Teoria de conspiração

Afinal o Irão não planeava desenvolver armas nucleares. Desenvolveu sim uma força aérea muito avançada em que os aviões estão disfarçados de patos e cisnes e, em vez de deitar bombas (que fazem muito barulho e são desagradáveis em geral, porque destróiem tudo) espirram para cima das pessoas.
Tenho ouvido coisas tão estrambólicas nos últimos dias que isto quase parece ser sensato.

E por falar em coisas sensatas, o ministro dos Negócios Estrangeiros teve realmente uma grande ideia em fazer um campeonato Euro-Árabe de Futebol para resolver a questão das caricaturas. Porque é nunca ninguém tinha pensado nisso antes? Em vez de se gastar dinheiro em bombas e helicópteros, gastava-se em chuteiras e a construir estádios. Ah, pois já se gasta na mesma...

Foi preciso vir o descendente de Maomé a Évora para alguém dizer que isto não é um choque de civilizações, mas sim um choque de ignorâncias. Pelo menos alguém que diz coisas com lógica.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2006

Bacalhau van Brás

Numa tentativa de manter a dieta portuguesa e não sucumbir à falta do precioso peixe triangular que nos é apresentado seco e salgadinho em qualquer lugar em Portugal, decidi experimentar o subtituto menos nobre que encontro apenas nos mercados de rua bisemanais, por sorte (ou azar) mesmo em frente de minha casa. Este substituto de 2ª classe vem preparado como se fosse um mísero peixe, igual a todos os outros. Ignorantes! E fresco, demasiado fresco!
Mas estava decidido a tentar, simplesmente tinha de tentar. Não havia volta a dar-lhe.
Devo confessar que não ficou tão mau como estava à espera (nem tão bom como devia ser). O peixe, sendo fresco, desfez-se todo (e já estava desfiado!) e o sabor, bem..., sabia a bacalhau, mas um pouco diluído, sim, acho que é essa a palavra certa.

A experiência será para repetir, certamente, com outras receitas, e não me deixarei vencer pelas sandes ao almoço, salsichas ao jantar, tudo imerso em molhos que tiram o sabor à comida!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2006

Pelas barbas do profeta

Recentemente, um jornal dinamarquês publicou vários cartoons com a imagem do profeta Maomé. As reacções dos países islâmicos foram explosivas (sem segundo sentido) e continuam a escalar.
Inúmeras ameaças a embaixadas dinamarquesas e não só levaram à retirada de muitos nórdicos e ocidentais desses países. Isto mostra mais uma vez que a falta de sentido de humor e tolerância não é só característica do mundo ocidental e da religiões cristãs em particular. Basta nos lembrarmos do cartoon em que o nariz do Papa João Paulo II aparecia coberto com um preservativo e as reacções que daí adviram ou ainda das reacções ao filme dos Monty Python, 'A vida de Brian' (pronto, não me lembro das reacções da altura, mas já li sobre isso), etc, etc.
Obviamente que acho estas reacções exageradas. Pode-se questionar o gosto dos cartoons ou até a sua piada, mas não é questão de ameaçar um país inteiro apenas porque um jornal decide publicar uma opinião controversa.
Espero que a situação fique mais calma nos próximos dias, até porque a PCFC está quase, quase de regresso a Copenhaga.